O problema
A interferência acontece entre televisores que utilizam antena interna para recepção de sinal e celulares que estejam habilitados com a tecnologia 4G LTE. De acordo com as informações publicadas pelo IDG Now
Além disso, há a possibilidade de aplicação de uma redução de potência no sinal das operadoras, já que a questão envolve ainda mais uma categoria de aparelhos, os chamados receptores 1-seg. É o caso de aparelhos de GPS, celulares , tablets e televisores portáteis que também atuam como receptores de televisão digital.
Em face de tais questões, radiodifusores e empresas de telecomunicação solicitaram à Anatel o adiamento do leilão. Além disso, pedem a realização de novos testes relacionados ao uso da frequência de 700 MHz de forma compartilhada - já que existem diferenças gritantes entre sua utilização em campo ou laboratório -, além de mais clareza sobre os custos de utilização de filtros para mitigação de interferência e uma normatização mais adequada quanto às características técnicas dos aparelhos.
As questões também estão levantando discussões entre todos os envolvidos. O Fórum de TV Digital, por exemplo, estaria incomodado com seu isolamento das conversas sobre o assunto, principalmente no que diz respeito ao desligamento do sinal analógico e a transferência dos canais abertos para a faixa digital. Esse processo já começou e tem previsão para ser concluído em 2018.
A entrada da empresa governamental
Nesse ensejo, entra mais um player que ainda nem foi criado. A Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV (EAD) que, como o nome já diz, será a "companhia" criada pela administração pública para coordenar o processo de transferência da televisão analógica para a digital e posterior liberação da antiga frequência.
O edital original da EAD indica que ela será a responsável pela aquisição e instalação da infraestrutura que garante a distribuição e qualidade adequadas para o sinal. Mesmo assim, operadoras de telefonia e emissoras ainda discutem quanto à divisão de custos sobre a instalação de filtros e outros aparatos para evitar a interferência. A divisão de responsabilidades parece estar pouco clara e os envolvidos ainda aguardam mais esclarecimentos nesse sentido.
Em face dos possíveis problemas de interferência entre celulares e televisores, a Anatel pede que a EAD também pense em maneiras de atuar diretamente junto ao público, auxiliando tanto os proprietários de antenas externas e internas na resolução dos problemas. A participação mais próxima junto aos usuários parece ser cada vez mais essencial para que toda a mudança de tecnologia siga de forma positiva.
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